28 abril 2009

MTV- meu incrível aniversário.

O comportamento dos jovens na atualidade deixa gente como eu espantanda; no meu caso, não consigo entender o porque de certos fenômenos sociais dignos de profunda análise psicológicas. Refiro-me a um programa apresentado pela MTV, creio que deve passar no Brasil também, já que é algo de "sensacional" para a grande maioria dos adolescentes.
O programa consiste em filmar e levar ao ar a festa de aniversário de jovens ricos, por isto o programa chama-se "Meu incrível aniversário". Esta festa é preparada da manhã até a noite pela família (paizinho rico) e no final o aniversariante recebe um carro último tipo do pai.

O que me espanta neste programa são dois tópicos diferentes: primeiro o comportamento e a maneira de pensar do aniversariante que é acompanhado pelas câmaras enquanto sai para comprar a roupa do dia, acompanhado enquanto se veste, enquanto revisa os preparativos da festa, e a psicose, se é que se pode chamar assim, está no diálogo que o aniversariante expõe, palavras como "eu sou o melhor", "estas pessoas me adoram", " eu sou o astro, eles vão me aplaudir muito"...

Muitos destes aniversariantes cantam neste dia (mesmo sem voz) para um público que pertence à uma lista pré-escolhida, pré-qualificada e quem não está na lista não entra. Muitas vezes a lista é preparada na escola e outros adolescentes fazem filas, onde o aniversariante escolhe quem vai participar da festa, como quem escolhe vaca para ir ao matadouro: este sim, este não! Pior, quem é recusado fica completamente desiludido e deprimido porque não foi escolhido.

Este seria o segundo tópico, pelo qual eu fico es-pan-ta-da, os convidados ficam estéricos na festa e dão entrevistas achando a simples participação "o máximo" e veem o carro recebido pelo aniversariante como um presente dos deuses.

Conclusão: não é a festa em si o problema, afinal, todo mundo tem direito à uma grande festa de aniversário, o problema é a mentalidade que envolve o aniversariante e convidados. Alguém poderia me dizer o que se passa com a sociedade atual? Esta maneira de pensar é digna de uma análise psico-social e bem que eu gostaria de conhecer o resultado desta análise para entender. Lastimável e triste saber que nada mais altruísta ocupa a mente destes jovens (salva-se uma pequena minoria) e esta necessidade de "ser", de "ter", de "aparecer" virou doença. E quando se dá o apagar das luzes, na solidão dos seus quartos, na solidão das famílias, o que sobra destas pobres criaturas?


Por Alda Inacio

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