Em três meses mais de 1800 brasileiros barrados nos aeroportos da Europa

O texto abaixo é da Agência Estado e fala de uma realidade que nem sempre é levada a sério por alguns brasileiros que viajam para o exterior. Ter dinheiro ou cartão de crédito para provar condições de estadia é o ítem mais importante. Ter reserva de hotel é outro ponto importante.  A questão "passagem de volta" é um detalhe sutil, tem que ser analisado.  Brasileiros não saem do Brasil sem passagem de volta e como é que isto acontece? Quer um exemplo vivido por mim? Durante os 12 anos que morei na Europa, certa vez eu vim de férias aos Brasil, comprei ida e volta na Europa, portanto teria que retornar com passagem só de ida. Eu sabia que não ia conseguir embarcar em São Paulo, então levei um raio x dos sinus e ao ser questionada em Guarulhos, apresentei o raio x mais o recibo de um médico de Bruxelas e disse que ia para consulta médica, disse que minha filha ia pagar minha passagem de retorno. Eles então fizeram uma cópia dos papéis e não tive problema para embarcar.

Segundo a agência, 25.400 estrangeiros tiveram entrada rejeitada entre janeiro e março - número menor que o de trimestres anteriores, provavelmente pela crise na zona do euro. Deles, 1.842 eram brasileiros - 6,3% a mais que no final de 2009. O volume só perde para o total de ucranianos barrados, que chega a 5.000. Estes, porém, não são obrigados a tomar aviões - até andando podem tentar cruzar a fronteira de seu país com a UE. Vejam que as deportações de brasileiros já superaram a de muitos outros países do mundo, como China, África e Índia.

Oficialmente, não é preciso visto para um brasileiro entrar na Europa. Mas, com políticas imigratórias cada vez mais restritas, a UE e seus 27 países vêm endurecendo os controles em fronteiras e aeroportos.

Por isto é bom os irmãos brasileiros viajentes tomarem cuidado com certas questões para evitar a perda de uma quantia razoável que hoje está em torno de R$2.500,00 e ainda tomar carimbo de deportação no passaporte.

Por Alda Inácio