Olá amigos.
Trago-lhes um relato pessoal que pode servir para pessoas que passam pelas crises de fadiga mental que não conseguem sair delas e muitas chegam ao suicídio e, creia, isso ocorre mesmo entre os servidores da igreja e seguidores da Palavra de Deus.
Estresse. Síndrome do pânico. Fadiga mental.
Depressão. Crise de ansiedade. Como enfrentar?
Eu conheço de experiência própria tudo isso. Minha primeira crise de depressão começou há 45 anos atrás, quando meu filho comemorava 3 anos de idade. Naquele dia, por razões que prefiro não revelar, eu pressenti o fim do meu casamento. Na época eu não era convertida e realmente meu casamento acabou 20 anos depois. Então você percebe o quanto foram difíceis estes 20 anos e o depois que vem até os dias de hoje, amenizados pelas decisões que eu tomei. Explico mais abaixo.
Iniciou-se naquela época uma sequência de crises que eu nunca tratei. Hoje tenho visto cantores, atores, jogadores, com estas crises reveladas pelas mídias sociais, jornais e entendo muito bem o que eles sentem. Quem passa ou passou por estas crises sabe que os sintomas revelados por médicos, que lemos por aí, não revelam o que estas doenças são e provocam na realidade. É algo tão grave e intenso que pode levar ao suicídio. Observe o sintoma grave (real) da depressão, como é diferente do que explicam por aí. Varia de intensidade, mas é semelhante, como se alguém estivesse espremendo nosso cérebro, como se espreme uma laranja para tirar o sumo. Conforme o aperto vai se intensificando vamos perdendo os valores sobre as coisas, sobre as pessoas e sobre nós mesmos. Falo aqui de minutos, até horas, porque fica tão intenso que se não sairmos da crise rapidamente vamos à fatalidades. Os valores que eu digo são os apegos e satisfações que temos com pessoas, com nossas aquisições, com afetividade. Em poucos minutos nada mais tem valor, nada mais nos interessa, mesmo a própria vida. Eis aí o perigo.
Como é que eu convivo com isso e saio destas crises???
O primeiro passo é o sentir que a crise está vindo, o sentimento de aperto no cérebro é o primeiro sinal. Ele sempre é provocado por lembranças de maldades que as pessoas fizeram comigo, ou por uma discussão casual com alguém, ou insatisfação laboral (tipo síndrome de Burnout) que também faz parte destas síndromes e, as vezes, vem tudo misturado. Já me afastei de pessoas próximas, porque elas provocavam em mim as crises. Quando eu sinto os primeiros sintomas, peço para Deus segurar na minha mão. Só que a crise é galopante, acelerada, vêm com tudo. Então, automaticamente eu começo a repetir a voz de Deus me dizendo "Alda, olha a presença do teu Pai aqui, olha tudo que ele te deu, olha por onde você já andou, olha os teus sonhos ainda por realizar..." Essa conversa de Deus comigo e da minha parte para com Deus, vai aliviando os sintomas. Não são crises constantes, leva tempo na paz mas, quando elas vêm, eu uso sempre o mesmo método. Nunca passei em crise de um dia para o outro, é tudo questão de horas. Mais de 45 anos assim. Fui me afastando de pessoas, fui redirecionando minhas relações pessoais, fui me readaptando com novas maneiras, novos pensamentos e principalmente fui estreitando minha relação com Deus. Isso me ajudou a ser a pessoa forte que sou.
Se estes exemplos servirem para você que vive alguma destas crises, fique à vontade para praticar e sem preconceito ou medo de ser mal-entendida descrevi-os abertamente aqui, quem sabe para ajudar alguém. Lembre-se que temos um Deus ativo e que podemos buscá-lo a qualquer momento, mas, temos que crer que ele está ali segurando na nossa mão. Crer é praticar a fé. Sem fé nada acontece. Não fique na deriva, sem ajuda. Procure um médico, se for preciso, mas peça a Deus para ir com você ao médico e peça para ele ficar com você o tempo todo. Confesse ao Pai que você é dependente dele. Absoluta certeza que ele te ouvirá e ajudará.
Fique na paz do Senhor.
Por Alda Inácio
