Minha vida na Bélgica - último capítulo

Último capítulo

              Será que valeu à pena?

Foram doze anos e cinco meses aprisionados em trabalhos que tentaram anular meus sonhos mais profundos. Foi por livre e espontânea vontade que eu fui? Sim. Eu só não poderia prever o futuro. Se soubesse que levaria tanto tempo para conseguir organizar minha vida, eu não teria ido. 

A escritora que em mil novecentos e noventa e sete desembarcou em Bruxelas com um livro debaixo do braço perdeu-se no caminho. A diretora de escola que ali chegou e teve como primeiro trabalho cuidar de uma velhinha ex-diretora de escola, anulou-se como ser humano, rasgou os sonhos de carreira e passou a ser uma escrava bem comportada. E olha lá se não fosse bem comportada.

              A sequência estará em breve no livro.

Por Alda Inacio

Meu Brasil brasileiro... cheguei

Ó xente do meu Brasil, vocês já comeram feijão com arroz chorando de alegria? Nunca viram isto? Então experimenta ficar algum tempo fora do Brasil...Cheguei, minha gente! E estou chorando de alegria comendo feijãozinho com costelinha de porco que desmancha na boca. Ai como é delicioso o meu Brasil. Eita gentarada linda e marvilhosa, quando desci daquela lata de sardinha que foi o avião vindo via Madrid, foi um choque só. Meus oinhos não conseguiam enxergar minha sonhada São Paulo. Tive que esperar alguns minutos pra me acostumar com a poluição que queima oinho e garganta, pra depois deslumbrar a visão com o tráfico nervoso do trânsito de São Paulo. Fui sendo levada pelo taxi furando fila daqui, deslizando nas ladeironas da capital por lá...ai valha-nos Deus. Parecia rato fugindo do gato e lá se foi o carro até aquelas bandas do Jaçanã, onde começou minhar jornada no Brasil. ó xente! Ria não, que eu vou me reacostumar com tudo isto por aqui. E diante de um prato de feijão com arroz eu esqueço a poluição, o barulho, a loucura do trânsito, loguinho. É só parar de sentir fome 8 horas da manhã pensando que já é meio dia e querer ir dormir na hora que começa o jornal das 20 horas pensando que é meia noite.

Coisa de louco este fuso horário.

Amo você meu Brasilzão, oia eu aqui, oia!

Alda Inacio

Pai suspeito de matar filho de brasileira na Suiça

Que coisa triste esta notícia: pai é considerado suspeito pela morte do garoto de nome Florian, em quarto de hotel em Zurique na Suiça. O menininho tinha somente cinco anos.
Gstav o pai suiço, juntado com a brasileira Marciana, tem antecedentes de tentativa de morte de um outro filho seu que na época tinha 13 anos. Este menino, hoje com 20 anos, ficou paralítico depois de agredido pelo pai.
O casal brigava na justiça pela guarda de Florian, que conseguiu a guarda do menino, mesmo depois das autoridades suiças terem sido alertadas por uma carta antes do fim do processo, sobre os antecedentes do pai. Assim mesmo o pai recebeu a guarda do filho e o matou. Que triste esta notícia. Estas autoridades cegas, é nisto que dá.

O amor nos deixa assim... light !

Pois é, a proprietária deste blog anda sumida e as razões são os preparativos para a partida, também o amor que nos deixa assim leves e sem vontade. Ficamos meio avião sem asa, fogueira sem brasa e só queremos namorar. Ai como é lindo o amor. E com tanto amor  perco a inspiração da literatura. Apesar de que, mesmo sem inspiração, estou participando do Concurso de poesia em Mogi das Cruzes e participando também do Concurso de literatura infantil Barco  a Vapor 2010. No resto, ando sem vontade de criticar política. Esperando a bela Serra do Itapeti, onde vou morar. Lá buscarei inspiração para recomeçar a escrever.

 Outra coisa que me levou a esta falta de inpiração é a Bovespa. Depois que virei executiva financeira deixei a literatura de lado. E de mais a mais, as notícias para críticas nos jornais andam tão terríveis, não é mesmo? A começar no Haiti, passando pelo Chile, estendendo-se pela Europa... Por aqui morreu muita gente no último vendaval.

Que Deus nos proteja !

Abraço a todos.