30 novembro 2007

O CASO MADDIE MCCANN- UM ERRO A SER CORRIGIDO

Repito aqui o mesmo post qua acabo de colocar no SOS Miséria.

Amigos, a Televisão de Luxemburgo - RTL-TVI acabou neste exato minuto de levar ao ar uma grande reportagem, como se deve, detalhada, onde as pessoas envolvidas no caso do desaparecimento da menina Madaleine em Portugal, puderam falar como tudo se passou. Nada está concluído, ninguém ainda sabe o que aconteceu , mas eu sei de uma coisa agora: os pais não são culpados e nisto eu boto a minha mão no fogo. Eu estou pasmada, de boca aberta e mesmo revoltada com tudo que ouvi. Esta reportagem foi a fundo nos detalhes do dia do rapto desta criança e mostrou toda a dor que estes pais sentiram e estão sentindo com o sumiço da sua criança. Tudo que foi proibido pela polícia divulgar, em relação aos detalhes do rapto, foi mostrado pela RTL nos mínimos detalhes e depois de tudo que acabo de ouvir, venho a público sugerir à Polícia Portuguesa e a mídia que se desculpem com este casal, que se desculpem com a opinião pública mundial, pela maneira que estão ainda hoje levando avante esta investigação.
Peço desculpas aos meus amigos Portugueses, pelo apreço e respeito que tenho por eles, mas, eu não posso me calar. É mosntruoso o que fizeram desde o primeiro momento, desconfiando e acusando este casal, estes pais que cometeram a falta de ir jantar em frente ao apartamento, enquanto os filhos pequenos dormiam. Entre eles e as crianças havia a piscina.
Quem dentre nós não fez isto um dia? Apenas com a diferença que um predrador os observava. Nesta reportagem ouviu-se a testemunha da amiga do casal que viu um homem passando com uma criança nos braços.
Porque esta mulher não contou isto na época?
Resposta: Ela levou algum tempo para ligar a cena aos fatos, já que a desde o início a polícia mandava que cada um calasse a boca, para não atrapalhar as investigações. Como alguém podia falar, se os próprios pais estavam sendo julgados suspeitos desde o primeiro minuto e os amigos também? Era melhor calar a boca antes de ser apontado como suspeito, numa investigação degringolada, atrapalhada, morosa que fixou os olhos nos pais e amigos, para acusá-los e desviou os olhos de procurar o raptor.
E porque esta pessoa resolveu falar agora? Porque ela teve diante dela jornalistas sérios, que se comprometeram a ver os fatos reais e assim ela confiou e contou o que viu.
Eu creio que a verdade ainda vai ser revelada, eu creio que ainda voltarei a falar com os senhores aqui nesta mesma página, sobre o mesmo assunto e peço a Deus pelos pais desta menina; que seus corações saibam perdoar tanta inabilidade vista na investigação deste rapto. Estou horrorizada gente ! Vocês imaginem um bandido fugindo pelas fronteiras, ou sei lá onde com uma menina e a polícia perdendo tempo em acusar os pais?
De uma coisa eu estou certa : os pais são inocentes, podem crer.
Por Ada Inacio

29 novembro 2007

SAIU NOVA LISTA: BRASIL ESTÁ ENTRE OS PIORES DO MUNDO

Constato esta notícia que li na BBC- de Londres, com profunda tristeza; a educação no Brasil está a zero e por "x" motivo, nossos jovens estão colocados entre os lugares 50 a 54 numa lista entre vários países do mundo, no que concerne ao nível de conhecimento na faixa etária do segundo grau. Este resultado foi divulgado pela OCDE em observação a testes de conhecimento aplicados em 57 países.
Diante disto ficamos nós sem resposta, depois de tanto esforço empreendido nas classes, tantas mudanças nos currículos escolares, para que os jovens assimilem melhor o ensino. E aqui, lanço um grito de sensura contra os métodos dos governos estaduais, que no meu caso conheço amplamente o de Goiás, tendo sido professora do Estado e Diretora de escola. Onde está a culpa do "emburrecimento" do aluno? A culpa do "emburrecimento" do aluno está na fórmula de economia do Estado. A ordem passada às Secretarias da Educação é de não deixar o aluno repetir de ano, pois com isto o Estado deve reinvestir no mesmo aluno no ano seguinte e para que o ESTADO faça economia, o aluno "deve passar de ano" de qualquer maneira. Pasmem os senhores, mas é exatamente isto o que acontece no Brasil. O professor está proibido de reprovar aluno e mesmo quando ele falta à aula, tira zero na prova, o professor tem que fazer o aluno passar de ano.
Desta forma, os senhores tem uma idéia de como será o futuro da Nação Brasileira?
Se pergunto a um professor universitário o que ele pensa disto tudo, imediatamente terei a seguinte resposta: para o governo, aluno deve ser burro, deve passar de ano para adquirir um diploma, sem nada compreender, principalmente sobre política, pois cidadão politizado é perigoso.
Recentemente eu vi uma reportagem sobre a educação na Finlândia e não me admira nenhum um pouco que este país ficasse em primeiro lugar na pesquisa da OCDE. O Brasil investe 3,9% do PIB na Educação, enquanto na Finlândia o investimento é de 6,3% e lá os alunos tem livros, transporte e almoço gratuito. Em segundo lugar ficou Hong Kong na China e em terceiro o Canadá.
Creio que em menos de 5 anos os jovens brasileiros carregarão a bandeira de campeão da burrice universal, pois brasileiro adora ser campeão de alguma coisa. E veja que nossos jovens não merecem uma coisa destas. Vergonha Nacional a gente suporta, mas vergonha mundial é demais.
Por Alda Inacio

27 novembro 2007

CUIDADO COM A VIVO E A GRADIENTE

Pessoal vamos ficar de olho em duas companhias que estão enchendo os bolsos com o dinheiro seu e meu: uma delas é a VIVO e outra a GRADIENTE, veja que o Procon de Goiás boicotou as vendas de produtos destas companhias até que todas as reclamações sejam resolvidas, leia o texto publicado no Diário da Manhã de Goiás hoje:
O Procon divulgou hoje (27) duas decisões administrativas cautelares antecedentes a processos administrativos que suspendem as atividades dos fornecedores Gradiente Eletrônica S/A e Vivo S/A por violação às normas do Código de Proteção e Defesa do Consumidor. As empresas vão ter dez dias para defesa no processo administrativo instaurado e estão proibidas de vender seus produtos e serviços em Goiás até que todas as reclamações em aberto no Procon sejam solucionadas, no prazo de 30 dias, sob pena de multa diária de R$ 5 mil.Em caso de comercialização de eletroeletrônicos pela Gradiente no período de suspensão, a infratora vai ser penalizada com multa de R$ 500 por cada evento constatado. Para a Vivo, este valor será de R$ 1 mil para cada nova habilitação e/ou celular vendido. Mais informações: www.procon.go.gov.br .
Por Alda Inacio

20 novembro 2007

CONSELHO CUBANO CONVOCA ELEICÕES CRÍTICAS AO FUTURO DE FIDEL CASTRO

Hoje li esta notícia no jornal sobre a esperada votação a ser realizada dia 20 de janeiro em Cuba, onde o resultado pode tirar a cadeira de Fidel Castro como Presidente de Cuba.
Muito estranha esta notícia, se levarmos em conta que, Presidente ou não, o regime continuará o mesmo, e sozinho ou tocando as rédeas por trás de seu irmão Raul Castro, o velho Fidel será sempre o sonhador dos anos dourados.
Para mim, a revolução fez parte do romantismo do após guerra. Passadas as peripécias da segunda guerra, Cuba e tantos outros países, desfraldaram a bandeira da ideologia romântica e pregaram a igualdade que este mundo cão nunca esteve e nunca estará preparado para ter.
Diante desta realidade, alguns nos perguntarão "como podemos mudar o mundo e acabar com a miséria, se pensamos assim"? A resposta não é tão animadora, pois na verdade, esta realidade não pode ser mudada. Ela está emaranhada na "falta de tempo" . Ninguém tem tempo para fazer nada pelo outro. Ninguém quer fazer nada pelo outro e o máximo que podemos conseguir é melhorar as condições de vida de uns tantos indivíduos, enquanto outros tantos estarão engrossando fileiras que nunca serão extintas. E diante disto devemos nós pararmos? Devemos aderir ao grupo egocêntrico que lava as mãos diante do desespero dos miseráveis? Ou devemos continuar na luta até que se esgote a nossa última gota de suor e sejamos tragados pela massa devoradora das "axes do egocentrismo" atual ?
Ainda sobre as eleições em Cuba os senhores acham que o povo vai votar contra Fidel Castro? Morrerão miseráveis, mas morrerão reafirmando seus ideais libertários. Tenho certeza e sabem por que? Porque a revolução lavou o cérebro daquela pobre gente, como fazem todos que pretendem impor suas idelogias aos incultos. Refiro-me aqui às ideologias dogmáticas, sejam elas políticas, religiosas ou mediáticas. Porque hoje devemos precavermo-nos, até contra a mídia, que nos massifica diariamente. E são tantas as ideologias cegas e com elas tentam cegar a nós que temos visão do real e estamos vacinados contra o poder que emana dos que estão nos pedestais do capitalismo selvagem.
Por Alda Inacio

18 novembro 2007

A DIFÍCIL ARTE DE SER VOVÓ

A vida passa e acabamos sendo vovôs e vovós um dia; no meu caso, este dia chegou duas vezes e virá uma terceira vez em maio. A primeira vez veio a neta Ana Clara que está com nove anos e vive no Brasil. Depois veio a neta Sabine que vive na Bélgica. Sabine está com dois anos e meio e fala três línguas, Português com a avó, Francês com a mãe (falam francês em casa) e Nederlandês com o pai e na escola. Sim ! Ela acaba de entrar para a escola.
Eu sou uma "avó coruja" e quando ligo para minha neta no Brasil é uma festa, pois aquela menina é de uma inteligência admirável e nossos "papos" são positivos, de muita sabedoria.
Já Sabine, está na fase de aprender as labutas do lar e quer lavar louça com a mãe. No domingo passado eu fui jantar na casa de minha filha e depois fui ajudar a arrumar a louça a três. Minha filha lavava, Sabine de pé sobre um banco secava os plásticos e eu secava os vidros. Minha função era também a de colocar os objetos no armário e neste ponto eu tive um pequeno problema. Cada vez que eu pegava um plástico e via que haviam gotas d'água, mal seco pela pequena Sabine, ai de mim se tentasse secar. Sabine me retruva de cara fechada "está seco vovó" e eu nem podia experimentar secar de novo pois sairia briga.
Sinto alegria de estar com ela e viro garotinha de 15 anos, danço, canto, faço palhaçada... E não pensem que agradar uma criança é fácil. Preciso ser muito criativa para agradá-la. As vezes viajo com eles, e vamos no carro, eu e Sabine escutando música no meu "balador" boto um fone no ouvido dela e outro no meu e curtimos um som da pesada (som na altura do ouvido infantil, sem exageros)
As dificuldades de ser vovó vem do fato que, a esta altura seria bom que a vovó tivesse tempo disponível, pudesse paparicar mais os netos. No entanto a vida nos obriga a ter estes contactos esporádicos. E no próximo ano virá mais um neto ou neta, lá no Brasil, por parte da minha filha que é sargento, mãe da Ana Clara e vou ser avó pela terceira vez.
São estas as poucas alegrias da minha vida as quais agradeço sinceramente a Deus.
Por Alda Inacio

17 novembro 2007

DEFUNTO POBRE VAI PARA O INFERNO.

As religiões sempre foram uma caso à parte na minha vida; nasci católica, casei-me na igreja católica e sempre fui alguém que frequentou a igreja na intenção de buscar as bênçãos e, por curiosidade tentar entender o que era a fé. Foram tantas as perguntas sem respostas que acabei desistindo e jurei que nunca mais entrava em igrejas...quando descobri a igreja Batista. Fui Batista e eduquei meus filhos nela. Hoje, uma das minhas filhas é dirigente do coral de uma igreja Batista no Rio de Janeiro e nem se lembra de enviar uma linha para a mãe pecadora.
Desculpem, não pensei em escrever este post para desabafar a vida privada, mas para relatar a história contada ontem por uma amiga.
Aqui no prédio onde eu moro reside Madame Defrance "coroinha de padre", "expert" no assunto missa, e coisas afins, assim, uma amiga da família de Natalie (senhora que morreu dia 15) foi perguntar à madame de Defrance como é que podiam fazer para que o padre fosse ao hospital dar a extrema unção. A resposta veio em forma de pergunta: "Natalie era católica" ? Bom...sim... ia na igreja no Natal. Neste caso ela só poderia receber extrema unção pedida de viva voz. Então veio o impasse: como pedir de viva voz se ela morreu? Resposta: deveria ter pedido em vida mas não pediu. Bom...neste caso...ela só tem direito à uma reza feita por uma madame que vai ao hospital a pedido da família.
A resposta da família veio em seguida: não queremos madame nenhuma no hospital, ou vem o padre ou não vem ninguém! Mas, gostaríamos de uma missa. Outra resposta: para ter missa tem que ir fazer o pedido na igreja e...pagar, naturalmente. Ora, valha-me são Benedito!
Minha conclusão:
1 - Pedido de extrema unção só tem direito quem frequentou a igreja, e se extrema unção abre as portras do céu, quem não frequentou a igreja vai para o inferno.
2- Aqui na Bélgica, nem pagando o padre dá extrema unção ao moribundo que não ia na igreja.
3 - A missa só tem direito quem tem dinheiro para pagá-la e quem tem dinheiro tem salvação.
Outras conclusões eu poderia chegar, como por exemplo: uma família que decidiu desligar a máquina que Natalie estava faziam 15 dias somente, família esta que se colocou no lugar de Deus e decidiu a morte de Natalie, agora quer missa, extrema unção, tudo para dar a boa aparência que o defunto merece e depois disto descansar a própria consciência.
Olha meus amigos, se alguém me falar de religão eu corro, me escondo, desapareço.
Por Alda Inacio

15 novembro 2007

A morte programada

Mais uma vez reafirmando o post " A outra face da eutanásia" que publiquei aqui no dia 03/11/2007, eu não consigo entender certas coisas, eu não quero entender e creio no Deus criador e no julgamento do qual ninguém escapará. Concluo mais uma vez que a vida não vale mais nada nesta terra, onde o dinheiro domina. A morte de Natalie ficou gravada no meu coração e por ela faço silêncio absoluto. Que Deus a tenha.
Por Alda Inacio

14 novembro 2007

TUDO PELO PRAZER

Experimente fazer um jogo comigo: suponha que eu sou o "mago da lâmpada" e você pode fazer três pedidos. Eu aposto que um deles é dinheiro, o outro é amor e outro é saúde. Naturalmente! Uns dirão o requisito "paz". Verdade que a paz anda ameaçando a raça humana nos quatro cantos do mundo. Fora isto, o que é que você iria pedir? E tem graça pedir outra coisa?
Você pediria somente coisas que resumem "prazer".
Não adianta dizer o contrário, pois eu provo o que digo. Quer ver?
O dinheiro traz o prazer de viajar, comprar tudo que sonhamos e com ele podemos fazer o "lifting" sonhado, ou aquela plástica... E amor? Aha! Veja lá o reforço do prazer ! Nem precisa explicar! O que pode ter de mais prazeiroso que amor?
E para completar você precisa de saúde para obter a plenitude do prazer. Então, tenho ou não tenho razão que "tudo é pelo prazer"? Somos esravos do prazer. Não existe nada no mundo que não tenha intenção do prazer. Por trás de qualquer ação é o prazer que conta.
Você casa pelo prazer de ter um lar; você trabalha pelo prazer de ter sua liberdade financeira; você viaja para buscar prazer de ver novos lugares; você come pelo prazer da degustação; você compra tudo que pode pelo prazer de ter. Você tem prazer em ver seus filhos bonitos, formados, felizes. Tudo é pelo prazer.
E neste prazer todo, diga-me: em que pé anda o mundo ao redor de você?
Aqui você ficou com vontade de parar a leitura, certo? Portanto falar de prazer agrada e falar de "desprazer " desanima. Pensar no mundo, vem a nós a inconveniência da incerteza. O que o mundo nos reserva amanhã? E neste ponto o prazer fica ameaçado. Então, nos enchemos de bons fluídos pensando em coisas que dão prazer, para levantar o astral. Certo?
Assim é o homem e quando digo homem a mulher está enbutida nesta conotação, claro ! Pois o que seria do prazer sem a diferença de gênero? Ou seria? Claro que seria ! A livre escolha sexual tem que ser admitida e respeitada. Mais uma vez "tudo pelo prazer".
Resumindo as perpectivas devemos pensar no prazer de envelhecer (?). Calma ! Não desanima não ! É necessário pensar na velhice, na aposentadoria, onde o único prazer será ter saúde, pois amor terá uma conotação familiar e dinheiro...bof ! A gente vai vivendo, com ele ou sem ele, mas sem prazer não dá para viver.
Aí foi um texto pelo meu prazer de escrever.
Por Alda Inacio

11 novembro 2007

Relações humanas : EQUILÍBRIO E SUICÍDIO

Uma das minhas paixões é a psicologia mas dela eu entendo pouco e por não entender pergunto-me muitas vezes porque acontecem tantos desbaratinos humanos: porque alguém reage de maneira inesperada e chocante em certas circunstâncias; porque deixamos de ter paciência para com tantas coisas... porque tanta violência, incompreesões e qual a ligação destas distorções da sociedade e os casos de suicídio dos dias atuais.

Parece que na correria em que vivemos e na pouca recompensa que recebemos pelo trabalho profissional exercido, este estado de insatisfação deixa-nos pouco tempo para reflexão, no sentido de compreender o outro e a relação de alteridade que tanto nos é necessária para ver-nos a nós mesmos refletidos em outras vidas, numa troca de igual para igual.

Ninguém subsiste no isolamento absoluto, mas a cada tentativa de aproximação há que ter a noção de rejeição ao medo que o outro proporciona. Afinal, o outro é um desconhecido. Não sabemos se ele diz a verdade. Aprendemos a confiar em palavras, mas como confiar em palavras vindas de um estranho? Inconscientemente assim pensando, negamos muitas vezes o dar-se gratuitamente numa interação de amizade, ou contato amistoso, e perdemos chances preciosas de penetrar no universo de outras pessoas e alargar os nossos próprios universos.

As relações humanas na atualidade esbarram numa muralha impenetrável e, pior que isto, geram uma espécie de competição irracional e inconsciente que pode levar certos indivíduos a extremos.

Existem casos de competições agravantes no trabalho, onde certas pessoas chegam a prática do suicídio por não conseguir integrar-se nas brincadeiras e zombarias formadas em torno delas.
Eu conheço casos em que a pessoa chega a entrar em pânico e precisa ser licenciada do emprego. Como exemplo real: uma amiga minha trabalhou anos e anos numa grande empresa no cargo de secretária da gerência e foi afastada por problemas psicológicos gerados no campo de trabalho; a vingança do diretor veio 6 meses depois, quando esta amiga voltou ao trabalho. Ela foi colocada para rodar xerox o dia inteiro, e sentindo-se humilhada entrou em depressão suicidando-se.

Contado assim, pode parecer algo banal, no entanto, quem passa por problemas semelhantes sabe a que ponto uma pessoa pode chegar sendo contantemente humilhada e chacoteada no círculo social.

Outros casos também graves são aqueles de adolescentes em classe de escola, onde certos colegas os pegam em zombarias, por serem gordos, outras vezes por serem lentos, outros ainda por serem gays, e o trágico destes fatos é que o estado psicológico destas pessoas podem levá-los a cometerem desastres contra a sociedade ou contra eles próprios. Como exemplo vejam os casos vistos em reprise diversas na atualidade, onde o aluno entra na escola atirando contra professores e colegas. Outras vezes, estes mesmos jovens suicidam-se por não suportarem o repúdio da sociedade em relação a algum comportamento seu, tido como "anormal".

Podemos analisar aqui o termo "normal" a que ponto estamos preparados para criticar alguém e julgar o que é normal e o que não é normal? No caso referido acima, ser gay é anormal? No século passado era doença, agora é anormal e no século futuro será o que?

Penso que os "anormais" são aqueles que não desenvolveram um espírito crítico de alteridade, suficientemente à altura de compreender as diferenças. Penso também que buscar o equilíbrio é importante, mas para alcançar o equilíbrio individual é necessário compreender a sociedade em que estamos inceridos; é necessário saber conviver com as diferenças, sem que elas nos incomodem, deixando que cada pessoa ao redor de nós encontre a sua própria maneira de ser feliz.

Por Alda Inacio

08 novembro 2007

O IMPORTANTE E PERIGOSO PAPEL DAS ONGS NA ATUALIDADE

A palavra ONG (Organização não governamental) engloba um complexo de coisas, mas saliento uma delas: instituição de interesse público, de perfil internacional que não está sujeita às leis do Direito Internacional.
Neste caso, as Ongs encontram-se sob as leis dos Direitos Humanos, no fazer cumpri-los e sob as leis do País onde ela presta conta fiscal. Suas origens são privadas, seus fins são "não lucrativos", elas têm independência financeira e política e sua fundamental qualidade é a de interesse público.
Resumindo assim, pode-se ver que a responsabilidade de cada Ong deve estar bem estabelecida sob leis claras e firmes de cada país. No caso do Brasil, o novo código civil de 2002 (Lei. 10.406/2002) dá direcionamentos obrigatórios a contar nos estatutos das Ongs, cujos itens estando ausentes do estatuto, fica impossível registrar o documento em cartório.
No entanto, apesar de documentadas e fiscalizadas, algumas Ongs têm gerado problemas, tanto na esfera nacional como internacional. Um dos graves problemas, muitas vezes não assimilados pelo quadro constitutivo da Ong e tido como meta que é "ajudar países em guerra, salvando vidas, alimentando as famílias, levando remédios nos campos onde vítimas perecem", exatamente este foco de grande importância pode estar sendo revertido contra o processo de paz no mundo.
As Ongs que ajudam em meio às guerrilhas, ou terrorismo, independente de ideologias políticas, raciais ou religiosas, podem estar fortalecendo a resistência do próprio terrorismo com seu ato de benevolência. Isto parece contraditório mas tem-se mostrado real na atualidade.
Ajudar o ser humano sem olhar a quem, penso que é este o papel principal das Ongs, no entanto, o resultado "pode estar sendo" exatamente o de redobrar as forças dos guerrilheiros e terroristas.
Um caso que não tem nada a ver com o fato contado acima, chamou atenção do mundo nestes últimos dias: a Ong Arche de Zoé da França, achando que estava cumprindo seu papel, tentou retirar do meio da guerrilha no Tchad, 103 crianças, para levá-las à França e foi impedida pelo governo daquele país. Isto aconteceu no Tchad, um país da África Central.
No caso da Arche de Zoé, sua missão é ajudar as crianças de países em guerra e o tratado de Haye dava este direito à Ong de retirar as crianças, no entanto o governo do Tchad afirma que aquelas crianças têm famílias e que devem continuar em seu país natal.
Vejam que o papel das Ongs são de grande importância na atualidade, mas certas atitudes podem enveredar para um campo perigoso quando ferem os direitos internacionais. E aqui vai uma crítica pessoal sobre a questão do direito: como é possível as entidades que ultrapassam suas fronteiras para promover ajuda internacional, não estarem cobertas pelo Direito Internacional? Este direito só abrange as organizações que comportam um Estado. Aqui tem uma grande falha que precisa ser corrigida. Uma vez que uma instituição ultrapassa as fronteiras de seu país, para prestar ajuda em outras fronteiras, deve estar coberta pelos Direitos Internacionais, com leis claras e abrangentes como a palavra "direito" diz. Lembrando que onde tem direito tem deveres e assim, alguns inconvenientes perigosos, se estabelecido em lei Internacional, poderiam ser evitados poupando certos constrangimentos entre países. Não sou jurista, desculpo-me junto aos juristas, somente comento o assunto porque tenho observado os horizontes do mundo ficarem cada vez mais largos, sem que as leis alastrem-se rapidamente para abrange-los. O mundo tem uma outra face e tudo tem que ser readaptado para melhor servir a conjuntura atual.
Por Alda Inacio

03 novembro 2007

A OUTRA FACE DA "EUTANÁSIA"

Alguns anos passados ninguém ousava falar em eutanásia, porque esta palavra tinha conotação de "assassinato" e apesar de alguns países terem criado leis que autorizam esta prática, outros fecharam questão sobre ela.
Eu tenho um olho crítico para com a vida e uma desconfiança acentuada para cada ação humana, nada confortável para mim e que me coloca à parte nas relações humanas, dificultando-as.
Vários casos de "eutanásia" eu tenho acompanhado de longe; amigos, a mídia em geral e o que leio e ouço falam-me de uma ação benéfica de famílias que, para abreviar o sofrimento de um ente querido, cortam o cordão que os liga à vida, para evitar que estas pessoas, em estados terminais, continuem a sofrer prolongadamente.
Sempre olhei estas ações isenta de opinião, porque sei que não estamos aqui para sofrer e porque só Deus deve decidir quando botar fim ao sofrimento humano.
Mas, estas questões são delicadas e as famílias nos passam suas razões, caricaturas bem trabalhadas e acabamos por consolar o membro da família que praticou a eutanásia. "você fez o que tinha que ser feito...foi melhor assim...deixar sofrer para que ? E assim por diante, as palavras são de apoio e com elas ajudamos a limpar a consciência do "assassino".
E a vida sempre me coloca diante de fatos concretos; leia esta pequena história a seguir.
*
História verdadeira:
Eu gosto de falar com pessoas simples, pessoas vividas, que tem longas histórias para contar e assim conheci, aqui na Bélgica, Jeannine (blogue "l'entour de gigi") e seu marido Hugo. Ela é emprega doméstica há 40 anos dentro na mesma família. Ela não tem um braço; é defeito de nascença, mas, ela trabalha muito e tem uma bela casa, uma linda cachorra e um marido adorável. São eles alguns dos meus poucos e verdadeiros amigos.
Ela cuidou de "Lisbeth" a vovó, durante 30 anos; a vovó que era refugiada de guerra e recebia uma pensão de mais ou menos 4.500, euros por mês. Lisbeth tinha a filha única Natalie e a neta única Mony.
A vovó adoeceu, foi parar no hospital e Natalie e Mony, reviraram o mundo, para buscar quem a salvasse. Ela já estava com 84 anos. Foi e voltou para o hospital muitas vezes e sempre foi uma correria para salvar Lisbeth, a vovó. Ela tinha Alzaimer viveu dos 84 aos 94 anos de hospital em hospital, sanando várias doenças. Morreu em casa, depois de passar 10 anos como um vegetal.
Depois disto Jeannine foi ocupar-se de Natalie, a filha e durante dez anos ali trabalhou. Hoje Natalie tem 85 anos. Ela recebe uma pensão de 750, euros que é a média das pensões mínimas na Bélgica. Semana passada Natalie adoeceu e foi parar no hospital. Está com infecção urinária e retenção intestinal grave, não é cancer, é distenção do intestino. Foi operada dia 30/10, e fazem três dias que ela está no coma artificial (coma medicamentoso)
Ontem, Mony, a neta de 65 anos explicou a Jeannine que "não vai deixar sua mãe sofrer", que vai aguardar o neto chegar de férias do Egito segunda feira e vai desligar o coma artificial. Disse também que hoje irá ao hospital, procurar um médico que resolva o problema, pois o outro médico que acompanha o caso repete que Natalie está em estado "estável" e tem-se que aguardar.
Mony repetiu à Jeannine :eu disse ao médico " até quando ela vai ficar estável? Vai esperar o resto da vida"? E Jeannine me telefonou agora cedo chorando, dizendo: Alda, eu estou horrorizada; eu vivi tudo o que se passou com Lisbeth que foi guardada até o último fôlego de sua vida para preservar a grossa pensão que ela recebia e agora, Natalie é no como artificial fazem três dias querem cortar sua vida.
Bom meus amigos, esta é a outra face da Eutanásia que só em casos especiais a gente pode ter a chance de conhecer. O dinheiro tem prioridade em tudo, é ele quem manda, ele é superior ao amor, ele é superior à dignidade, ele é o mestre do mundo. Triste, lamentável, horripilante.
Segunda feira 05/11 vão cortar a vida de Natalie; sua vida vale menos que a pensão recebida mensalmente.
Este post gerou uma reviravolta no caso Natalie, teve quem lesse e exercesse pressão junto à família e talvez por isto desistiram momentaneamente de pôr fim à sua vida; Natalie recupera-se, seu aparelho urinário e digestivo funciona, a operação foi bem sucedida e nós continuamos torcendo para que ela volte à casa para viver ainda pelo tempo que Deus quiser.
PS I: Hoje 14/11 - Ao que parece a família vai desligar a máquina que mantém em vida Natalie nesta quinta ou sexta feria. Foram as palavras da filha ontem.
PS II: Em 15/11 os tubos que mantinham Natalie em vida foram desligados a pedido da filha e Natalie morreu.
Por Alda Inacio

02 novembro 2007

Depois que o mundo existe,

onde os humanos pisam tudo morre.
Alda Inacio
Que Deus acompanhe você em tudo que fizer. Volte sempre!