26 dezembro 2007

Elucubrações de fim de ano

Está chegando a hora de começar o balanço de final de ano e sei que muitas pessoas praticam este hábito saudável de pesar o que fizeram de bom e de ruim. Eu tive um amigo na minha adolescência que sentava-se com uma caneta e uma folha de papel no dia 31 de Dezembro e durante horas escrevia uma lista de coisas boas que ele fez durante o ano e gostaria de repetir e outra lista de coisas negativas, as quais ele se comprometia de não repetir.
Penso que foi dele que eu adquiri o hábito de refletir nesta última semana do ano; não o faço com uma folha de papel, pq as minhas reflexões se passam a nível mental. Eu mentalizo melhor o que penso em silêncio. Até o dia 31 minhas elucubrações mentais estarão terminadas e nelas reverei o ano e os anos últimos, para ver onde fui fiel a mim mesma. Creio que fui fiel a mim mesma no que teve relação a mim mesma, no entanto o que me relaciona com terceiros, seja família ou amigos, eu não costumo ser muito fiel. Sinceridade é um bom negócio, não acham?
A infiel aqui, costuma dar meia volta quando sente que terceiros são capazes de tirar minha saúde e isto ocorre com frequência. Creio que sou alguém que joga o sim e o não sem muito refletir. Sei bem o que quero, sei o caminho a percorrer para chegar onde quero, no que depende de mim. Já, no que depende das relações humanas, sou um estrago. Dou tempo ao tempo, espero, cozinho o galo, acumulo a paciência até o momento em que a minha saúde começa a se abalar. Acontece que os outros não são como eu sou, nem precisam ser como eu sou. Comigo é sim,sim, não, não! Começou a enrolar o meio de campo eu saio fora e as pessoas me taxam de "desmancha prazer".
Durante o ano passado foi assim com várias coisas que eu fiz. Acabo me isolando para encontrar a paz. É minha opção de vida na qual encontro saúde mental e física.
Por isto, peço desculpas a todos as pessoas que passaram pelo meu caminho e cujo caminho eu cruzei, perdão do fundo do meu coração à quem eu ofendi com minha maneira de ser, não posso mudar pelos outros, quero continuar a ser eu mesma, por isto devo pedir desculpas pelas ações que pareceram grosseiras. No restante foi um belo ano, realizei tudo o que me deu vontade. A vida tem sido boa comigo; não tenho do que me queixar.
Por Alda Inacio
Que Deus acompanhe você em tudo que fizer. Volte sempre!