Muitas vezes leio e releio jornais na minha rotina diária, entre tão poucas coisas que me interessam. Aliás, os jornais e documentários são as programações que se salvam na atualidade, mas, poucas vezes uma notícia me desperta interesse de engendrar um comentário. Outras vezes uma palavra, um pequeno contexto, gera em mim um mar de idéias.
Ontem lendo a entrevista do vice Presidente José de Alencar, que saiu do hospital depois de uma cirurgia, me encantei com a frase que ele disse: " eu não tenho medo da morte, tenho medo é da desonra". Veja que esta frase deveria ser lema de todos os políticos e não só dos políticos, mas de toda a humanidade. E colocado assim você me perguntaria: você nunca caiu na desonra, nunca praticou nada que desonrasse a tua pessoa, santa Alda? Quer mesmo a resposta meu amigo(a) ? Conhece o ditado: é errando que se aprende? Bem, não vou aqui passar a limpo os meus erros, mas uma coisa é certa "os erros servem para aprendizagem, crescimento, amadurecimento e sem o reconhecimento dos nossos próprios erros envelhecemos canalhas".
A frase do vice Presidente José Alencar é fora de moda, apesar de maravilhosa, porque na atualidade as palavras "honra e desonra" não tem o menor sentido de verdade, pois quando a desonra torna-se transparente dilui-se em pouquíssimo tempo por meio de um método praticado principalmente na política atual, o que eu chamaria dialética sofística, onde a antítese tem argumentos falsos e com isto o resultado também é falso. Conclusivamente o que era desonra passa a ser honra. E isto não ocorre só na política. Leia a mídia, ( jornal, televisão...), leia e ouça com ouvidos analíticos e você verá este quadro que eu acabo de pintar se repetindo em cada notícia. Infelizmente uma sociedade onde a honra não é levada a sério é uma sociedade decadente, pior que isto, a prática deste método de tranformação da verdade acaba sendo altamente contagiosa. Por isto, tente ler e ouvir as notícias sempre desconfiando da verdade, isto é saudável.
Por Alda Inacio