A paz do Senhor aos visitantes.
O tema hoje precisa ser lido com cuidado, porque ele sugere várias interpretações e várias formas de ser abordado. Vou tentar ser clara sobre uma problemática usada pelos amados pregadores da Palavra que passa despercebida aos irmãos menos entrosados e menos atentos.
Quem é o cristão de berço?
Ele foi criado numa família praticante do Evangelho, as vezes filho de pastores, filho ou filha de pessoas que levam a sério a vida cristã, as quais criaram seus filhos nas práticas bíblicas e esses filhos deram continuidade ao que receberam em casa e se tornaram cristãos fiéis.
Quem é o Filho pródigo?
Uma parábola exemplifica na Bíblia a questão de um homem que nasceu em família fiel a Deus e depois caiu no mundo (Lucas 15:11 a 32). Aquele filho deixou a família, pediu ao pai sua parte da herança, e foi embora. Após gastar todo o dinheiro e se ver na miséria retornou à casa do pai em situação desesperadora, pediu perdão e foi recebido com muito amor e grande festa. Já o irmão que ficou e ajudou o pai, nunca saindo da sua companhia, acusou o pai pela festa "desse daí".
Temos muitos pontos a estudar nesse assunto, a questão do amor do pai vem em primeiro lugar. Aquela festa existe até hoje no céu quando um filho pródigo volta arrependido. O perdão de Deus é o ponto de passagem que possibilita a reconciliação. Por outro lado a incompreensão do irmão também acontece hoje nas igrejas e é sobre ela que vou falar. Vou acrescentar também a questão levantada em muitas pregações sobre o cristão de hoje exigindo que ele deve mostrar uma vida plena de exemplos e boas obras.
O que precisa estar ciente no pregador é lembrar que ali no banco da igreja tem mais filhos pródigos que cristãos de berço. Hoje os convertidos deixam as igrejas e deixam muito e voltam e passam a cumprir o papel de filho pródigo. Quando se prega salientando uma vida de bons exemplos e boas obras o filho pródigo se encolhe no banco da igreja, porque aquela pregação esqueceu dele. Ele vai ter a partir da sua reconciliação com Deus essa vida de boas obras, mas o que vemos é que ele sempre será lembrado pelos pecados cometidos. Ele não tem bons exemplos a mostrar e cada vez que uma pregação enaltece os bons exemplos, humilha o filho pródigo.
Quando você é filho pródigo, você precisa do abraço, do afago, da boa acolhida, do carinho de quem vai conviver com você a partir dali, a partir da sua volta. Isso ai da força ao reconciliado para se firmar e nunca mais sair debaixo das asas do Pai. A atitude de irmãos amorosos é fundamental baseada no bom acolhimento e amor.
Lamentavelmente o que vemos nas igrejas não é bem assim, prega-se muito a parábola do filho pródigo, porém quando os irmãos estão diante de um destes, agem com ele na desconfiança, parecendo que a presença dele incomoda.
Que maravilha seria se todos nós fôssemos cristãos de berço, parece ser esse o desejo corrente entre irmãos de berço. E para dar uma amplitude nesse ponto lembre-se que a Genealogia que consta da Bíblia mostra a descendência de pai para filhos e podemos tomar essa descendência como a família de berço, então lá na frente nasce um cara que rasga o véu do templo e do tempo, o nosso Jesus e abre um leque para trazer a Deus todos os filhos pródigos que quiserem aceitar Jesus como único Salvador. E aja festa no céu, porque a cada um que retorna, há festa no céu.
Aí está irmão, um texto para reflexão: quando exigir bons exemplos dos irmãos, não esqueça de citar "a partir do momento em que aceitou Jesus e se converteu". Inclua o filho pródigo. Muitos ali ficarão feliz e saberão o que todos esperamos dele: bons exemplos e boas obras.
Que Deus ilumine sua vida.
Por Alda Inacio
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Muito obrigada. Alda Inácio