7° Capítulo
Agência de matrimônio.
Àquela época eu
ainda estava muito apegada à comida brasileira e dançava um samba junto com os
outros moradores para descobrir onde comprar feijão, raridade na cidade.
Agência de matrimônio.
A garagem transformada
em quartos, onde eu fui morar, abrigava um número grande de pessoas. A cozinha
centralizava as discussões cotidianas, principalmente à noite, quando todos
voltavam do trabalho e iam preparar o feijãozinho nosso de cada dia.
Sempre vinham
novas notícias: "Abriram um novo empório", alguém passava o endereço.
Informações desta natureza corriam rapidamente, mas notícias sobre trabalho eram
guardadas a sete chaves.
Cada um
tentava se virar como podia e no tocante a tipo de trabalho, a maioria das
mulheres só queria serviço vai e volta diário, apesar de saberem que só
conseguiriam juntar dinheiro aceitando trabalho interno. E essa não seria eu.
Interno era como prisão, sem contar que todas as mulheres do grupo queriam
arrumar um marido.